Denomina-se de periodização da História à divisão, para fins didácticos, da História em épocas, períodos ou idades. A necessidade desses "cortes" (ou "recortes") é tão antiga quanto a da escrita da História, cada época ou cultura tendo usado uma diferente metodologia. Embora qualquer articulação no processo histórico seja artificial (e passível de críticas), essa prática torna-se indispensável para que o conhecimento histórico se torne inteligível. Desse modo, pode haver tantas divisões quantos pontos-de-vista - culturais, etnográficos e ideológicos. Não há como definir um padrão único ou consensual.
O método mais antigo de periodização
empregado pelo Homem foi o da articulação político-genealógica, observando os
limites dos reinados e das dinastias.
Na Grécia Antiga, Hesíodo, em Os Trabalhos
e os Dias, propôs uma articulação por épocas, a as cinco idades (Ouro, Prata,
Bronze, Heróis e Ferro).
Posteriormente, Políbio, um dos primeiros
historiadores a encarar a História como uma sequência lógica de causas e efeitos,
por outras razões, optou por uma teoria de rígida sucessão das instituições
políticas.
O Cristianismo trouxe uma concepção de
devir histórico linear, uniforme, que, estendendo-se da Criação até ao Juízo
Final, foi adaptada em uma forma secular pelo moderno pensamento histórico.
Cada época passou a ter um carácter único, individual, quer de acordo, por
exemplo, com o modelo dos seis dias bíblicos da Criação, quer com o das quatro
monarquias universais (o Império Babilónico, o Medo-Persa, Grécia e Roma).
A articulação em - Antiguidade – Idade
Média – Idade Moderna – foi enunciada pelo alemão Cristoph Cellarius
(1634-1707) que, de início, correspondia à interpretação e valorização pelos
Humanistas de uma história cultural Europeia ocidental.
Ao final do século XIX, quando da afirmação
da História enquanto ciência, afirmou-se no mundo ocidental uma divisão baseada
em grandes marcos ou eventos, que se denomina de "periodização
clássica".
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