sábado, 28 de janeiro de 2012
FRANCISCO FRANCO (ESPANHA)
Militar espanhol nascido em 1892, fez parte da sua carreira no Marrocos espanhol, no Exército e na Legião Estrangeira, ascendeu ao generalato em 1926 e dirigiu, no início da década de trinta, a repressão militar de movimentos grevistas e revolucionários, com especial destaque para a sublevação asturiana de 1934. Adversário da República, cujo governo lhe chegou a retirar as funções de comando, foi posteriormente colocado nas Canárias, de onde dirigiu os movimentos conspirativos que levaram ao desencadear da Guerra Civil, em 1936. Foram, com efeito, as forças sob o seu comando que iniciaram as hostilidades. Franco assume o controle das ilhas, passa para Marrocos e desembarca na Espanha continental, ao mesmo tempo que outros generais desencadeiam atos insurrecionais noutros pontos do território. No mesmo ano de 1936, assume as funções de direção suprema do movimento insurrecional: comandante em chefe, chefe do Estado e do governo, com o posto de generalíssimo e o título de caudilho. A guerra duraria três anos, durante os quais as forças franquistas beneficiaram do auxílio militar das potências do Eixo e da colaboração do governo de Salazar; apesar da magnitude daquele auxílio, recusou participar na Segunda Guerra Mundial ao lado de Hitler e Mussolini. Detentor de um poder imenso, Franco transformou a Espanha num Estado unitário, de carácter fascizante, banindo todas as formas de oposição e mantendo a pena de morte para delitos políticos, recorrendo por vezes ao estado de sítio em situações de maior gravidade que pudessem colocar em risco a estabilidade ou a sobrevivência do regime. Recusou sempre colocar a questão do regime político, persistindo em considerar a Espanha uma monarquia, mesmo sem a existência de um rei no trono. No fim da sua vida, a pressão da comunidade internacional, a evolução política, social e económica do país e a sua saúde extremamente frágil tornaram evidente a necessidade de um processo gradual de abertura, se não de democratização, e levaram o Caudilho a preparar a sua sucessão, vindo o trono a ser confiado ao rei Juan Carlos I, num processo que Franco em pessoa orientou praticamente até à sua morte a 20 de novembro de 1975.
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