sábado, 28 de janeiro de 2012

ESTALINE (URSS)


Jossip Vissarianovitch Dhugashvili, cujo nome político é Estaline ("homem de aço", do alemão Stahl), empenha-se na tarefa de derrubar os seus adversários para alcançar o poder após a morte de Lenine, em 1924. Na sua juventude aderiu à social-democracia de orientação marxista, em 1901, passou pelo cativeiro na Sibéria, participou na revolução de 1905 (altura em que conheceu Lenine), foi agregado pelo Comité Central do Partido Operário Social Democrata Russo (P.O.S.D.R) em 1912 e esteve exilado na Sibéria entre 1913 e 1917. Participou na Revolução de 1917, desempenhando funções muito importantes na sua eclosão e desenvolvimento. De 1918 a 1920 foi membro do Conselho de Defesa e comissário do povo para as nacionalidades, pondo em prática a política bolchevique de autodeterminação nacional.
Depois deste percurso político tornou-se o secretário geral do partido em 1922. Temendo o rumo que a Rússia poderia tomar, Lenine, já doente, escreve algumas notas consideradas como o seu testamento, critica o modo de agir de Estaline, considera-o extremamente brutal e propõe o estudo de uma solução para que seja substituído no cargo (mas não a demissão) por alguém mais leal e mais ponderado. Apesar do desejo por Lenine, Estaline mantém-se no cargo reforçando ainda mais a sua autoridade. Com a morte de Lenine em 1924, Estaline iniciou uma luta pelo poder, primeiro apoiado por Kamenev e Zinoviev contra Trotski, acabando depois por derrotar, em fins de 1927, Kamenev, Zinoviev e Shliapnikov que se haviam aliado a Trotski. É desta forma que ascende definitivamente ao poder encetando uma governação ditatorial até à sua morte, em 1953. A construção do "socialismo num só país" era um imperativo. Estaline dominava o partido bolchevique e o partido dominava os sovietes e o Estado. O partido organizava-se seguindo os modelos de centralismo e a guerra civil, que durante anos afetou a Rússia após a Revolução de 1917, deu origem à criação de um partido único.Uma das primeiras medidas que implementou foi a modificação da Nova Política Económica (N. E. P.) criada por Lenine, de forma a pôr em prática a sua tese da construção do "socialismo num só país". Na Rússia de Estaline, a orientação da economia passaria a ser socializante, de planificação quinquenal (que apresentou em 1928), tendo a autossuficiência como meta. O recurso a medidas autoritárias e coercitivas tornou-se frequente para que o partido pudesse implantar a planificação. Para conseguir os objetivos era necessária a coletivização forçada, imediata e total (proclamou a extinção dos kulaks, originando milhões de deportados); uma industrialização de base conseguida através da aplicação de medidas disciplinares à classe trabalhadora e do recurso ao trabalho forçado; e o fortalecimento do aparelho de Estado, apoiado nas instituições estatais. O resultado imediato ao nível da produção agrícola foi uma escassez que atingiu as cidades. A política de coletivização revelou-se um fracasso: a pecuária foi atingida pela falta de meios para alimentar os animais; os cereais eram colocados à venda no mercado internacional para fazer face às dívidas, deixando o povo russo em estado de carência alimentar grave, como a que se verificou em 1932-33; o Estado não podia suportar os gastos necessários para a aquisição de maquinaria suficiente para o cultivo eficaz de tão grande extensão de terra. No que diz respeito à indústria, os resultados mostraram-se mais favoráveis. O objetivo era promover uma industrialização rápida e para isso foram utilizados os capitais gerados no campo. Com o estado debilitado dos campos, os agricultores iniciaram um êxodo rumo às cidades, constituindo a nova mão de obra para a construção civil e para os ofícios. Verificou-se um avanço considerável nas indústrias do carvão, do ferro e do aço que, na verdade, constituíram o pilar da economia. A industrialização era uma realidade em 1939. Nas questões culturais também se verificou um avanço significativo, nomeadamente na implementação de medidas para eliminar o analfabetismo.
Para prosseguir a sua política ditatorial e debelar qualquer tentativa de conspiração, traição ou crítica, Estaline eliminou vários companheiros de partido através de purgas sucessivas, iniciadas com o assassinato de Serguei Kirov, em 1934 e destituiu o alto comando das forças armadas entre 1936-38. A depuração atingiu os mais velhos dirigentes do partido, do Comité e do Exército Vermelho. Como presidente do Comité de Estado para a Defesa, órgão constituído em 1941, Estaline tem o comando supremo das forças armadas. Mobiliza a população para a "grande guerra patriótica" e apela para a luta contra os invasores germânicos. A União Soviética, que permanecera neutral até 1941, entra na Segunda Guerra Mundial e derrota a Alemanha nazi entre 1941 e 1945 o que granjeou a Estaline a consideração e o prestígio, fomentando ainda mais o culto da personalidade, uma das características do estalinismo (a proliferação de estátuas e retratos de Estaline é bem elucidativa). Apesar da vitória sobre os nazis, mais de metade do país sofreu uma enorme devastação. No plano económico, as coisas não correram mal: as indústrias, o garante da economia da União Soviética, foram estrategicamente protegidas do ataque alemão. Efetivamente, depois de 1950, a produção industrial começou a aumentar, coadjuvada pelas descobertas de novas fontes de matérias-primas e pela submissão das economias dos países de Leste. A Guerra Fria não afetaria o desenvolvimento industrial e cultural, mas o problema colocado pela baixa produção agrícola continuou por resolver. No pós-guerra Estaline procurou em Ialta e em Potsdam estabelecer um acordo com os seus aliados ocidentais, mas não possuía a bomba atómica e para tal, o governo soviético teve que despender enormes capitais (a primeira bomba soviética foi construída em 1949).Estaline endureceu a sua política, marcada pelas dificuldades de reconstrução do país e pela Guerra Fria, encetando uma nova vaga de repressão a todos aqueles que traíssem a pátria espalhando um clima de terror. Após o rompimento de relações com Tito em 1949, quando este criticou a sua política, Estaline procedeu a purgas violentas nas democracias populares. Centralizou fortemente o partido comunista e, para além disso, submeteu politicamente toda a Europa Central e de Leste. Nos últimos anos da sua governação, Estaline afasta-se dos olhares do público e encerra-se no Kremlin saindo ocasionalmente para assistir aos desfiles do 1.º de maio e do 7 de novembro na Praça Vermelha. Depois da sua morte, em 1953, o culto da personalidade foi duramente combatido e as reações contra a sua política ditatorial não se fizeram esperar. Procedeu-se a uma destalinização da política externa. O Estalinismo, que designa o período governativo de Estaline, caracteriza-se por ter concedido primazia ao poder do Estado, desviando-se do materialismo histórico defendido por Marx: a tese do socialismo em um só Estado; a identificação do socialismo e do Estado contra a tese marxista da abolição do Estado; a negação das contradições dentro da sociedade socialista; a primazia da política em relação à economia; a independência da linguagem em relação à ideologia. O aparelho de Estado controla a totalidade dos poderes. A administração, o exército, a polícia e o partido bolchevique são os instrumentos do totalitarismo, imiscuindo-se em todas as áreas da vida dos cidadãos. Todos aqueles que se opõem são reprimidos exercendo-se sobre o cidadão um verdadeiro clima de terror. O estalinismo nega completamente a ditadura do proletariado e o desaparecimento do Estado, pois substitui o exercício direto do poder pelo povo pelo poder absoluto do Estado sobre o povo.

SALAZAR (PORTUGAL)


António de Oliveira Salazar (Vimieiro, Santa Comba Dão, 28 de Abril de 1889Lisboa, 27 de Julho de 1970) foi um político nacionalista português e professor catedrático da Universidade de Coimbra.
O seu percurso político iniciou-se quando foi Ministro das Finanças por breves meses em 1926. Depois disso, foi também ministro das Finanças entre 1928 e 1932, procedendo ao saneamento das finanças públicas portuguesas.[carece de fontes?]
Instituidor do Estado Novo (1933-1974) e da sua organização política de suporte, a União Nacional, Salazar dirigiu os destinos de Portugal, como Presidente do Conselho de Ministros, entre 1932 e 1968. Os autoritarismos que surgiam na Europa foram amplamente experienciados por Salazar em duas frentes complementares: a propaganda e a repressão. Com a criação da Censura, da organização de tempos livres dos trabalhadores FNAT, da Mocidade Portuguesa, masculina e feminina, o Estado Novo procurava assegurar a doutrinação de largas massas da população portuguesa, enquanto que a polícia política (PVDE, posteriormente PIDE, a partir de 1945), em conjunto com a Legião Portuguesa, combatiam os opositores, que, quando objecto de julgamento, eram-no em tribunais especiais (Tribunais Militares Especiais e, posteriormente, Tribunais Plenários).
Apoiando-se na doutrina social da Igreja Católica, Salazar orientou-se para um corporativismo de Estado, com uma linha de acção económica nacionalista assente no ideal da autarcia. Esse seu nacionalismo económico levou-o a tomar medidas de proteccionismo e isolacionismo de natureza fiscal, tarifária, alfandegária, para Portugal e suas colónias, que tiveram grande impacto, sobretudo até aos anos sessenta.

FRANCISCO FRANCO (ESPANHA)

  Militar espanhol nascido em 1892, fez parte da sua carreira no Marrocos espanhol, no Exército e na Legião Estrangeira, ascendeu ao generalato em 1926 e dirigiu, no início da década de trinta, a repressão militar de movimentos grevistas e revolucionários, com especial destaque para a sublevação asturiana de 1934. Adversário da República, cujo governo lhe chegou a retirar as funções de comando, foi posteriormente colocado nas Canárias, de onde dirigiu os movimentos conspirativos que levaram ao desencadear da Guerra Civil, em 1936. Foram, com efeito, as forças sob o seu comando que iniciaram as hostilidades. Franco assume o controle das ilhas, passa para Marrocos e desembarca na Espanha continental, ao mesmo tempo que outros generais desencadeiam atos insurrecionais noutros pontos do território. No mesmo ano de 1936, assume as funções de direção suprema do movimento insurrecional: comandante em chefe, chefe do Estado e do governo, com o posto de generalíssimo e o título de caudilho. A guerra duraria três anos, durante os quais as forças franquistas beneficiaram do auxílio militar das potências do Eixo e da colaboração do governo de Salazar; apesar da magnitude daquele auxílio, recusou participar na Segunda Guerra Mundial ao lado de Hitler e Mussolini. Detentor de um poder imenso, Franco transformou a Espanha num Estado unitário, de carácter fascizante, banindo todas as formas de oposição e mantendo a pena de morte para delitos políticos, recorrendo por vezes ao estado de sítio em situações de maior gravidade que pudessem colocar em risco a estabilidade ou a sobrevivência do regime. Recusou sempre colocar a questão do regime político, persistindo em considerar a Espanha uma monarquia, mesmo sem a existência de um rei no trono. No fim da sua vida, a pressão da comunidade internacional, a evolução política, social e económica do país e a sua saúde extremamente frágil tornaram evidente a necessidade de um processo gradual de abertura, se não de democratização, e levaram o Caudilho a preparar a sua sucessão, vindo o trono a ser confiado ao rei Juan Carlos I, num processo que Franco em pessoa orientou praticamente até à sua morte a 20 de novembro de 1975.

HITLER (ALEMANHA)

  Adolf Hitler, ditador alemão, nasceu em 1889 na Áustria. Filho de Alois Hitler e Klara Poezl, alistou-se voluntariamente no exército bávaro no começo da Primeira Guerra Mundial. Tornou-se cabo e ganhou duas vezes a Cruz de Ferro por bravura.

Depois da desmobilização do exército, Hitler associou-se a um pequeno grupo nacionalista, o Partido dos Trabalhadores Alemães, que mais tarde se tornou o Partido Nacional-Socialista Alemão (nazista).

Em 1921, tornou-se líder dos nazistas e, dois anos mais tarde, organizou uma malograda insurreição, o "putsch" de Munique. Durante os meses que passou na prisão com Rudolph Hess, Hitler ditou o "Mein Kampf" (Minha Luta), um manifesto político no qual detalhou a necessidade alemã de se rearmar, empenhar-se na auto-suficiência econômica, suprimir o sindicalismo e o comunismo, e exterminar a minoria judaica.

Em 1929, ganhou um grande fluxo de adeptos, de forma que, ajudado pela violência contra inimigos políticos, seu partido floresceu. Após o fracasso de sucessivos chanceleres, o presidente Hindenburg indicou Hitler como chefe do governo (1933).

Hitler criou uma ditadura unipartidária e no ano seguinte eliminou seus rivais na "noite das facas longas". Com a morte de Hindenburg, ele assumiu o título de presidente do Reich Alemão. Começou então o rearmamento, ferindo o Tratado de Versalhes, reocupou a Renânia em 1936 e deu os primeiros passos para sua pretendida expansão do Terceiro Reich: a anexação com a Áustria em 1938 e a tomada da antiga Tchecoslováquia.

O ditador firmou o pacto de não-agressão nazi-soviético com Stalin, a fim de invadir a Polônia, mas quebrou-o ao atacar a Rússia em 1941. A invasão à Polônia precipitou a Segunda Guerra Mundial.

Hitler seguia táticas "intuitivas", indo contra conselhos de especialistas militares, e no princípio obteve vitórias maciças. Em 1941, assumiu o controle direto das forças armadas. Como o curso da guerra mostrou-se desfavorável à Alemanha, decidiu intensificar o assassinato em massa, que culminou com o holocausto judeu.

Conhecido como um dos piores massacres da história da humanidade, o holocausto -termo utilizado para descrever a tentativa de extermínio dos judeus na Europa nazista- teve seu fim anunciado no dia 27 de janeiro de 1945, quando as tropas soviéticas, aliadas ao Reino Unido, Estados Unidos e França na Segunda Guerra Mundial, invadiram o campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, em Oswiecim (sul da Polônia). No local, o mais conhecido campo de concentração mantido pela Alemanha nazista, entre 1,1 e 1,5 milhão de pessoas (em sua maioria judeus) morreram nas câmaras de gás, de fome ou por doenças.

Ainda em 1945, quando o exército soviético entrou em Berlim, Hitler se casou com a amante, Eva Braun. Há evidências de que os dois cometeram suicídio e tiveram seus corpos queimados em um abrigo subterrâneo em 1945.

sábado, 21 de janeiro de 2012

BENITO MUSSOLINI (ITALIA)

 Benito Amilcare Andrea Mussolini OSMM OMTEVLM (Predappio, 29 de julho de 1883 - Mezzegra, 28 de abril de 1945) foi um político italiano que liderou o Partido Nacional Fascista e é creditado como sendo uma das figuras-chave na criação do Fascismo.
Tornou-se o Primeiro-Ministro da Itália em 1922 e começou a usar o título Il Duce desde 1925. Após 1936, seu título oficial era "Sua Excelência Benito Mussolini, Chefe de Governo, Duce do Facismo, e Fundador do Império".[1] Mussolini também criou e sustentou a patente militar suprema de Primeiro Marechal do Império, junto com o Rei Vítor Emanuel III da Itália, quem deu-lhe o título, tendo controle supremo sobre as forças armadas da Itália. Mussolini permaneceu no poder até ser substituído em 1943; por um curto período, até a sua morte, ele foi o líder da República Social Italiana.
Mussolini foi um dos fundadores do Fascismo Italiano, que incluía elementos do nacionalismo, corporativismo, sindicalismo nacional, expansionismo, progresso social e anticomunismo, combinado com a censura de subversivos e propaganda do Estado. Nos anos seguintes à criação da ideologia fascista, Mussolini conquistou a admiração de uma grande variedade de figuras políticas.[2]